Requisitos – Como redigir e exemplos

 

Estrutura Gramatical Contendo Objeto, Ação e Condição

Cada requisito deve ser escrito de forma clara, utilizando uma estrutura que inclua o objeto (quem ou o que), a ação (o que deve ser feito) e a condição (em que circunstância ou como deve ser feito).

 

Objeto: Quem ou o que é o foco do requisito.

Ação: O que deve ser feito ou o comportamento esperado.

Condição: Em que circunstância ou como a ação deve ser realizada.

 

Exemplo:

Requisito: “O sistema (objeto) deve gerar relatórios (ação) mensalmente (condição).”

Requisito: “O usuário (objeto) deve ser capaz de acessar (ação) o sistema de qualquer dispositivo móvel (condição).”

Expressões Proibidas e O Que Evitar

 

Ambiguidade:

Evite termos vagos como “melhor”, “fácil de usar”, “eficiente”, sem definições específicas.

Exemplo ruim: “O sistema deve ser fácil de usar.”

Exemplo bom: “O sistema deve permitir ao usuário concluir o processo de login em menos de 30 segundos.”

 

Negatividade:

Evite expressões negativas, que podem causar confusão.

Exemplo ruim: “O sistema não deve falhar frequentemente.”

Exemplo bom: “O sistema deve ter uma disponibilidade de 99,9%.”

 

Imprecisão:

Evite termos imprecisos como “alguns”, “poucos”, “muitos”.

Exemplo ruim: “O sistema deve suportar muitos usuários simultaneamente.”

Exemplo bom: “O sistema deve suportar até 1000 usuários simultaneamente.”

 

Repetição Desnecessária:

Evite repetir informações que já foram claramente definidas.

Ler mais

Tipos de Requisitos e os passos para gerenciá-los em um projeto

 

A definição de requisitos de um projeto é o processo de identificar, documentar e gerenciar as necessidades e expectativas das partes interessadas (stakeholders) para garantir que o projeto atenda aos seus objetivos e entregue resultados de acordo com os critérios estabelecidos. Esse processo é fundamental para o sucesso do projeto, pois fornece uma base clara e comum de entendimento sobre o que deve ser realizado.

Tipos de Requisitos:

Requisitos Funcionais:

Descrevem as funções específicas que o sistema ou produto deve executar.

Exemplos: “O sistema deve permitir o cadastro de novos usuários”, “O sistema deve gerar relatórios mensais”.

 

Requisitos Não Funcionais:

Descrevem as características e restrições do sistema que não estão diretamente relacionadas às funções específicas.

Exemplos: “O sistema deve ter uma disponibilidade de 99,9%”, “O sistema deve ser acessível via dispositivos móveis”.

 

Requisitos de Interface:

Descrevem como o sistema interage com outros sistemas ou com os usuários.

Exemplos: “O sistema deve ter uma interface amigável e intuitiva”, “O sistema deve integrar-se com o software de gestão financeira”.

 

Requisitos de Desempenho:

Descrevem o desempenho esperado do sistema sob determinadas condições.

Exemplos: “O sistema deve processar 1000 transações por segundo”, “O tempo de resposta deve ser inferior a 2 segundos”.

 

Requisitos de Segurança:

Descrevem as necessidades de segurança do sistema para proteger dados e garantir a integridade.

Exemplos: “O sistema deve implementar autenticação de dois fatores”, “Os dados dos usuários devem ser criptografados”.

 

Requisitos Legais e Regulatórios:

Descrevem as normas e regulamentos que o sistema deve cumprir.

Exemplos: “O sistema deve estar em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD)”, “O sistema deve atender aos requisitos de auditoria financeira”.

Ler mais

Premissas e Restrições em Gerenciamento de Projetos

No gerenciamento de projetos, as premissas e restrições desempenham um papel essencial no planejamento, execução e sucesso dos projetos. Compreender esses conceitos ajuda os gerentes de projeto a lidar com incertezas e limitações, permitindo um planejamento mais realista e uma gestão mais eficaz dos recursos.

Premissas

Premissas são declarações que são aceitas como verdadeiras sem prova, utilizadas para fins de planejamento. Elas estabelecem uma base para o desenvolvimento de um projeto e são essenciais para prever o curso do projeto. Contudo, essas suposições podem introduzir riscos, pois se uma premissa se provar incorreta, pode impactar significativamente o projeto.

Exemplos de Premissas:

  1. Disponibilidade de Recursos: Supondo que os recursos necessários estarão disponíveis quando requisitados.
  2. Apoio das Partes Interessadas: Acreditando que todas as partes interessadas fornecerão suporte contínuo durante o projeto.
  3. Condições de Mercado: Pressupondo que as condições econômicas permanecerão estáveis durante a duração do projeto.

Identificação e Documentação de Premissas

A identificação e documentação de premissas são etapas críticas. O processo inclui:

  • Brainstorming com a Equipe do Projeto: Para identificar suposições em várias áreas do projeto.
  • Consulta a Especialistas: Obtendo insights de especialistas para validar ou ajustar as premissas.
  • Documentação Detalhada: Registrando todas as premissas no plano do projeto, juntamente com as justificativas.

Ler mais

Por que os projetos fracassam?

 

Os projetos podem falhar por diversas razões, e entender essas causas é fundamental para melhorar as chances de sucesso. Abaixo estão algumas das principais razões pelas quais os projetos não atingem seus objetivos:

 

Ausência de Estrutura e Indefinição de Papéis e Responsabilidades das Equipes

A falta de uma estrutura clara e a indefinição de papéis e responsabilidades dentro das equipes podem levar a confusões, duplicidade de esforços e lacunas críticas nas tarefas. Quando os membros da equipe não sabem exatamente o que se espera deles, a produtividade e a eficiência são comprometidas.

 

Problemas de Gestão de Recursos, Tempo e Orçamento

A má gestão dos recursos, do tempo e do orçamento é uma das principais causas de fracasso nos projetos. Isso inclui alocação inadequada de recursos, subestimação do tempo necessário para completar tarefas e a incapacidade de manter o projeto dentro do orçamento. A gestão eficaz desses elementos é crucial para o sucesso do projeto.

 

Planejamento Inadequado ou Ausência de Planos e Escopo Indefinido

Um planejamento inadequado pode condenar um projeto desde o início. A ausência de um plano detalhado e de um escopo bem definido pode levar a desvios significativos, re-trabalhos e frustração entre os membros da equipe. É essencial definir claramente o que o projeto pretende alcançar e como isso será realizado.

Ler mais

Aplicação de ESG e os benefícios para as Startups

 

O conceito de ESG (Environmental, Social, and Governance) tem ganhado importância crescente no mundo dos negócios, incluindo no ecossistema de startups. ESG refere-se a um conjunto de critérios que avaliam o desempenho ambiental, social e de governança de uma empresa. Esses critérios são cada vez mais utilizados por investidores, consumidores e outros stakeholders para tomar decisões informadas sobre onde investir, quais produtos comprar e com quais empresas se associar.

ESG: Uma Visão Geral

Environmental (Ambiental): Este componente avalia o impacto ambiental das atividades da empresa. Inclui aspectos como gestão de resíduos, uso de recursos naturais, emissões de gases de efeito estufa e iniciativas de sustentabilidade.

Social: Refere-se à forma como a empresa gerencia suas relações com funcionários, fornecedores, clientes e comunidades onde opera. Isso inclui práticas de trabalho justas, diversidade e inclusão, condições de trabalho, engajamento comunitário e responsabilidade social corporativa.

Governance (Governança): Avalia a estrutura de governança da empresa, incluindo a composição do conselho, práticas de gestão, ética corporativa, transparência e conformidade com leis e regulamentos.

Importância do ESG para Startups

As startups, apesar de serem empresas em fase inicial, podem se beneficiar enormemente da adoção de práticas ESG. Aqui estão algumas razões pelas quais o ESG é importante para startups:

Ler mais

A Importância do PMO nas Empresas

 

PMO

 

O Project Management Office (PMO), ou Escritório de Gerenciamento de Projetos, é uma estrutura organizacional que padroniza os processos de governança relacionados a projetos e facilita o compartilhamento de recursos, metodologias, ferramentas e técnicas. O PMO desempenha um papel crucial na gestão de projetos, garantindo que as empresas atinjam seus objetivos estratégicos de maneira eficiente e eficaz.

Funções e Responsabilidades do PMO

Padronização de Processos

O PMO estabelece e mantém padrões de gerenciamento de projetos dentro da organização. Isso inclui o desenvolvimento de metodologias, diretrizes e templates que promovem a consistência e a qualidade na execução dos projetos.

Treinamento e Desenvolvimento

O PMO é responsável por oferecer treinamentos e programas de desenvolvimento para gerentes de projetos e membros da equipe. Isso garante que todos estejam alinhados com as melhores práticas e possam gerenciar projetos de forma competente.

Ler mais

A Aplicação da Gestão de Projetos em diferentes segmentos de negócios

A gestão de projetos é uma disciplina essencial que envolve o planejamento, a organização, a motivação e o controle de recursos para atingir objetivos específicos. A aplicação eficaz da gestão de projetos pode melhorar significativamente a eficiência, reduzir custos e garantir a entrega pontual de resultados.

Este artigo explora como a gestão de projetos é aplicada em diversos segmentos, destacando a sua importância e os benefícios proporcionados:

 

  1. Tecnologia da Informação (TI)

Na TI, a gestão de projetos é fundamental para o desenvolvimento de software, implementação de sistemas, migração de dados e atualizações de infraestrutura. Projetos bem geridos garantem que novas tecnologias sejam integradas sem interrupções significativas, mantendo a segurança e a eficiência operacional.

  1. Construção e Engenharia Civil

Projetos de construção e engenharia civil, como a construção de edifícios, pontes e estradas, dependem de uma gestão de projetos rigorosa para garantir a conformidade com os prazos, orçamentos e padrões de qualidade. A coordenação eficiente de recursos humanos, materiais e equipamentos é crucial para o sucesso desses projetos.

  1. Saúde

Na área da saúde, a gestão de projetos abrange a implementação de sistemas de informação hospitalar, a construção de instalações médicas e o desenvolvimento de novos medicamentos. Esses projetos visam melhorar a qualidade do atendimento ao paciente, aumentar a eficiência operacional e garantir a conformidade com regulamentos rigorosos.

  1. Educação

No setor educacional, a gestão de projetos é aplicada ao desenvolvimento de currículos, construção de instalações educacionais e implementação de tecnologias educacionais. Projetos bem geridos podem melhorar significativamente a qualidade do ensino e a experiência dos estudantes.

  1. Indústria Manufatureira

A introdução de novos produtos, a melhoria de processos de produção e a otimização de cadeias de suprimentos são exemplos de projetos na indústria manufatureira. A gestão de projetos garante que essas iniciativas sejam concluídas de maneira eficiente, reduzindo custos e aumentando a competitividade.

  1. Telecomunicações

Na telecomunicação, a gestão de projetos é essencial para a implementação de redes, lançamento de novos serviços e atualizações de infraestrutura. Esses projetos são críticos para atender à crescente demanda por conectividade e serviços de alta qualidade.

  1. Energia

Os projetos no setor de energia, como a construção de instalações de energia, a manutenção de infraestrutura e os projetos de eficiência energética, requerem uma gestão de projetos precisa. Esses projetos são vitais para garantir a segurança energética e a sustentabilidade ambiental.

  1. Finanças

No setor financeiro, a gestão de projetos é aplicada ao desenvolvimento de novos produtos financeiros, implementação de sistemas de gestão e conformidade regulatória. A gestão eficaz de projetos pode melhorar a competitividade e a conformidade com as normas do setor.

Ler mais

Metodologia Àgil: Princípios, Valores e Métodos:

 

 

 

 

A metodologia ágil é um conjunto de princípios e práticas para gerenciamento de projetos e desenvolvimento de software, projetado para promover flexibilidade, colaboração e eficiência. Originada no Manifesto Ágil, criado em 2001 por um grupo de desenvolvedores, a metodologia ágil prioriza a entrega rápida de valor ao cliente e a capacidade de responder a mudanças de requisitos ao longo do desenvolvimento.

Agile é uma abordagem de gerenciamento de projetos que prioriza a flexibilidade e a capacidade de se adaptar a mudanças.

Seu foco principal está em entregas frequentes, colaboração entre equipes multidisciplinares e a capacidade de ajustar o curso do projeto com base no feedback contínuo.

Essa abordagem é especialmente eficaz em projetos onde os requisitos podem evoluir ou não estão completamente definidos no início.

Os valores centrais do Manifesto Ágil, que são a base das metodologias ágeis, são:

Indivíduos e interações acima de processos e ferramentas: Valoriza-se mais a comunicação e a colaboração entre as pessoas do que a simples adesão a processos ou ferramentas.

Software em funcionamento acima de documentação abrangente: Prioriza-se a entrega de um produto ou software funcional, dando menos ênfase à documentação extensiva.

Colaboração com o cliente acima de negociação de contratos: O foco está na parceria com o cliente, trabalhando em conjunto para atender às necessidades, em vez de se ater rigidamente aos termos de contratos.

Responder a mudanças acima de seguir um plano: Valoriza-se a capacidade de adaptação a mudanças, priorizando ajustes constantes no projeto em vez de seguir um plano rígido.

Esses valores são a base para orientar o comportamento, as decisões e as práticas em metodologias ágeis, como o Scrum e o Kanban, visando a agilidade e a capacidade de resposta a mudanças no ambiente do projeto.

O Manifesto Ágil também inclui 12 princípios que orientam a aplicação dos valores ágeis. Aqui estão eles:

Ler mais